18/01/2011

O perfume das fotografias

Dias desses, no Facebook, postei uma foto e reclamei pelo fato de ela não ter cheiro. Dilma, uma amiga a quem não vejo há muito tempo - e de quem morro de saudade - me surpreendeu escrevendo que foto tem cheiro, sim. E descreveu, à perfeição, o perfume que aquela imagem ainda tem na minha memória.

Hoje, vasculhando meus álbuns de fotos, descobri umas de um jantar que o Rodolfo fez aqui em casa só para nós dois. Quando bati os olhos nelas, logo senti o vapor exalando da comida enquanto era servida. O mais interessante - e o que diferencia essa experiência da descrita no parágrafo anterior - é que aquele jantar deve ter ocorrido há um ano. A foto que postei no Facebook é de BH, de onde acabamos de voltar. É, portanto, mais do que esperado que eu ainda lembre do cheiro das coisas. Por outro lado, ter lembrado do cheiro daquele prato - que ademais não é um prato comum, que nós tenhamos repetido muitas vezes - só prova que a Dilma está certa: foto tem cheiro!

O perfume que as fotos deixam escapar está cheio de especiarias, principalmente pimenta e canela, que se misturam ao adocicado das frutas secas nesse cuscuz incrível que durou umas duas semanas na geladeira (o Rodolfo fez uma quantidade que daria para servir a umas dez pessoas). Inexplicavelmente, ele tornou-se melhor a cada dia.

O contraste de doce e salgado também se fez sentir no filé de peito de frango com molho de damasco do Bazzar. Aliás, o Ro fica devendo um post sobre tempero para frango, que não tem igual ao dele... Parece retórica, mas é apenas sinceridade: é indescritível!

Vejam as fotos e sintam os perfumes:



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