27/11/2010

Pão árabe no sítio de Sapucaia

Uma das nossas experiências culinárias mais divertidas nos últimos tempos: fazer pão árabe numa fogueira...
Sempre que viajamos para o sítio dos pais do Ro, em Sapucaia, interior do Rio, ficamos animados com as receitas mais elaboradas (ou seriam laboriosas...?). Afinal, lá nós temos a nossa disposição uma cozinha muuuuuuuuuuuuito maior que a do apezinho da Lapa, um mesão, produtos da horta fresquíssimos e... ar livre!

A ideia de fazer o pão numa fogueira surgiu por acaso. Já saímos do Rio com vontade de fazê-lo, mas a princípio seria no forno convencional. Heis que surge uma churrasqueira improvisada no meio do quintal para o preparo das carnes do almoço e... uma gamela de ferro fundido! (Como nota biográfica, vale dizer que a tal gamela já foi parte da roda de uma trator. Pasmem...) Bem, olhando para a gamela sobre as brasas, juntamos cré com lé: a massa do pão, devidadamente sovada e descansada, foi parar lá. Por conta disso, pudemos ver o processo de cocção acontecendo em nossa frente, sem a barreira da porta do fogão. É lindo ver a massa crescer e se "descolar", formando as duas camadas típicas do pão árabe.

Ficamos excitados como crianças que ganham um brinquedo novo. E eu, por ser um incorrigível sacerdote do Tempo, acrescentei a essa animação pelo novo um punhado de emoção pelo velho: ali, bem na nossa frente, se reproduzia um fenômeno antigo como a civilização - a ancestal arte de fazer pão...

Vejam as fotos:









16/11/2010

CARMELO ou UM LUGAR PARA VOLTAR

Sabe aqueles restaurantes que te dão vontade de voltar? O Carmelo é um deles! Mal saímos de lá e já estávamos com saudade do ambiente, do atendimento e do sabor da comida. Principalmente desse último item. A comida no Carmelo é SEMPRE boa, independente do que você peça ou do dia e horário em que você chegue. Especializada em massas, a casa já nos presenteou com molhos deliciosos de brie, quatro queijos, funghi e até com o simplíssimo molho vermelho. Quen gosta de cozinha sabe que os bons restaurantes são realmente testados nos pratos menos sofisticados e não nos malabarismos da haute cuisine. É justamente ali, nas trivialidades desprezadas pela maioria dos comensais, que podemos saber se a cozinha é séria. Como são pratos menos visados, muitas vezes somos surpreendidos por um certo descuido em seu preparo nos restaurantes especializados em fru-frus para inglês comer. Pois a equipe do Carmelo capricha tanto nos saltos mortais triplos quanto nas singelas cambalhotas. Já testei até o risoto (quem me conhece sabe o quanto gosto deles e sei fazê-los bem... alguém viu minha modéstia dando sopa por aí? ) e não me arrependi. Ponto exato, sabor delicado, perfeitinho como se tivesse saído da cozinha aqui de casa. E no fim, mais uma surpresa: os preços não são nada exorbitantes.

Por tudo isso, o Carmelo merece uma visitinha de cariocas de qualquer bairro que estiverem passeando pelo Catete. Ele fica na rua Correia Dutra, 75 (quase na esquina com a rua do Catete, "dentro" de um cartório).

Obs: Fico devendo fotografias. Mas elas chegam em breve, pois já faz um tempinho que não visitamos o Carmelo e isso precisa ser logo corrigido...