Sempre que viajamos para o sítio dos pais do Ro, em Sapucaia, interior do Rio, ficamos animados com as receitas mais elaboradas (ou seriam laboriosas...?). Afinal, lá nós temos a nossa disposição uma cozinha muuuuuuuuuuuuito maior que a do apezinho da Lapa, um mesão, produtos da horta fresquíssimos e... ar livre!
A ideia de fazer o pão numa fogueira surgiu por acaso. Já saímos do Rio com vontade de fazê-lo, mas a princípio seria no forno convencional. Heis que surge uma churrasqueira improvisada no meio do quintal para o preparo das carnes do almoço e... uma gamela de ferro fundido! (Como nota biográfica, vale dizer que a tal gamela já foi parte da roda de uma trator. Pasmem...) Bem, olhando para a gamela sobre as brasas, juntamos cré com lé: a massa do pão, devidadamente sovada e descansada, foi parar lá. Por conta disso, pudemos ver o processo de cocção acontecendo em nossa frente, sem a barreira da porta do fogão. É lindo ver a massa crescer e se "descolar", formando as duas camadas típicas do pão árabe.
Ficamos excitados como crianças que ganham um brinquedo novo. E eu, por ser um incorrigível sacerdote do Tempo, acrescentei a essa animação pelo novo um punhado de emoção pelo velho: ali, bem na nossa frente, se reproduzia um fenômeno antigo como a civilização - a ancestal arte de fazer pão...
Vejam as fotos: